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Investimentos no tratamento da água e do esgoto, e ações socioambientais ajudam a impulsionar o desenvolvimento da Região dos Lagos

Ao redor do Poço da Bomba, no Centro de Armação dos Búzios, as integrantes da Associação de Mulheres Caiçaras da cidade se reúnem para conversar. O local traz à memória a antiga aldeia de pescadores, antes da divulgação mundial do balneário após a visita da atriz Brigitte Bardot, quando as pessoas andavam descalças pelas ruas de terra, o fogão à lenha era comum, assim como bacias sob a cabeça para lavar as roupas nos poços do município.  A simplicidade vivida na década de 1960 também faz lembrar de momentos de muita dificuldade para fazer atividades básicas do dia a dia. “Eu morava na Praia do Canto, ali na Rua das Pedras, e a gente ia com as bacias na cabeça cheias de roupas para lavar no Poço da Bomba, onde ficávamos o dia inteiro lavando roupa e conversando até que elas secassem. Ali era o nosso WhatsApp, a gente ficava sabendo de tudo o que acontecia na cidade”, relembra a moradora Sarah da Silva.

Apesar do saudosismo com as histórias vividas na então vila de pescadores, a chegada da água tratada possibilitou uma mudança na rotina e na vida das mulheres caiçaras. “Não tínhamos água em casa, somente no poço e era aquele sacrifício todo. Depois da Prolagos a vida de toda comunidade buziana foi transformada”, afirma Cilene da Silva, presidente da associação.

Assim como fez em Búzios, em 25 anos de atuação, a Prolagos já movimentou a vida de cerca de 420 mil moradores das cidades de Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, e de milhões de turistas que visitam a região durante o ano. Nesse período, a concessionária investiu mais de R$1,4 bilhão em saneamento básico, representando mais que o dobro de investimentos realizados por habitante, do que a média nacional, de acordo com o Instituto Trata Brasil. Em 1998, somente 30% da população recebia água em suas casas, com um abastecimento precário e intermitente, e não existia tratamento de esgoto. Em 2023, o acesso à água tratada está universalizado e 80% do esgoto da região é coletado; e 100% do material captado é tratado, auxiliando no desenvolvimento da cidade, na expansão do turismo e em mais saúde e qualidade de vida para os moradores.

No meio ambiente também é possível perceber os reflexos dos investimentos em saneamento. A Lagoa de Araruama, que nos anos 2000 entrou em colapso, hoje é um verdadeiro patrimônio ambiental da Região dos Lagos. Quem vive da pesca comemora recordes de pescado e o retorno de espécies como a Carapeba e Perumbeba, que estavam ausentes da laguna desde 2009. “Pescar é a minha paixão e única profissão. Por mês, chego a capturar uma média de dez toneladas de peixes. É com a renda de espécies como a Tainha, Perumbeba, Curvina, Carapeba e Robalo, que vendemos para cidades do estado do Rio de Janeiro, e das regiões Norte e Nordeste, que sustento a minha família”, ressalta o pescador Gledison Nascimento.

Além das conquistas com a pesca, as praias lagunares viraram refúgio para os moradores e turistas e agora estão prestes a conquistar um importante diferencial: o selo ‘Bandeira Azul’ nas praias das Pedras de Sapeatiba, em São Pedro da Aldeia; e a de Ubás, em Iguaba Grande. O programa desafia autoridades locais, gestores e a própria comunidade, a alcançarem altos padrões em quatro quesitos principais: qualidade da água, segurança, gestão e educação ambiental. Ao longo dos anos, a certificação tornou-se um rótulo ecológico muito respeitado nos setores de turismo e meio ambiente, nacional e internacional. Hoje, as praias do Forno, em Búzios, e do Peró, em Cabo Frio, já contam com o selo.

Mais empregos

O saneamento também é responsável por movimentar o mercado de trabalho na Região dos Lagos. Além dos cerca de 900 postos de empregos diretos e indiretos criados pela Prolagos, e o fortalecimento do comércio e turismo, a concessionária também investe em capacitação de jovens para o mercado de trabalho, por meio do ‘Projeto Pioneiros’; e no fomento da representatividade e da independência das mulheres quilombolas, através do ‘Somos Divas na Luz do Candeeiro’, que muito além de oficinas de cerâmica, estimula o potencial criativo e capacita as participantes para a confecção de peças que poderão apoiá-las na complementação da renda familiar.

Cada um dos mais de dez projetos realizados pela Prolagos anualmente é desenvolvido respeitando as particularidades de cada localidade. Nesse sentido, as ações seguem três linhas de atuação: educação, que ajuda a construir um caminho para o futuro; saúde, que garante qualidade de vida; e renda, que possibilita um padrão de vida mais digno. Uma das propostas da concessionária é alinhar os programas e projetos com a agenda 2030, estabelecendo metas de acordo com os objetivos do desenvolvimento sustentáveis (ODS) para a construção e implementação de políticas públicas que visam guiar a humanidade para a construção de um mundo melhor e com mais dignidade para todos. “Há 25 anos assumimos o compromisso de entregar mais que o básico para a Região dos Lagos, cuidando de famílias inteiras, ajudando a realizar sonhos e a desenvolver a região. Seguimos firmes no propósito avançar com os serviços e movimentar vidas por meio do saneamento”, ressalta o diretor-presidente da Prolagos, Pedro Freitas.

Economia circular

Toda atividade humana gera algum tipo de impacto ao meio ambiente. No caso dos serviços de saneamento básico, uma das consequências do tratamento para deixar a água com qualidade ou para tratar o esgoto é a geração de lodo. No Brasil, existem muitas formas de tratamento e reaproveitamento desse resíduo, mas dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE – 2017) indicam que menos de 5% do lodo sanitário é reaproveitado, a maioria é aplicado como compostagem, na incineração e outras formas de gaseificação.

Para reduzir os impactos ambientais causados pelo lodo, que atualmente é descartado em aterro sanitário, a Prolagos está realizando o Projeto Retransformar, uma Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR), que funciona na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Arraial do Cabo. Com uma tecnologia inovadora e sustentável, o local aplica testes para transformar o lodo resultante do tratamento do esgoto doméstico em uma substância que pode ser tratada e reutilizada como gás biocombustível ou em um tipo de carvão vegetal, chamado biochar, elemento útil para aplicação na agricultura. “O Retransformar é um projeto que é autossuficiente, pois além de dar uma destinação para o que antes era um resíduo, ele também utiliza a própria energia para que a unidade possa funcionar. Nesse processo não se perde nada. Isso está relacionado com as nossas metas de desenvolvimento sustentável, economia circular e com nosso objetivo final é melhorar a vida das pessoas. A intenção é construir modelos de aplicação para as diferentes condições das Estações de Tratamento de Esgoto no estado do Rio de Janeiro”, explica o diretor executivo da concessionária, José Carlos Almeida.

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