Prolagos promove oficina de elaboração curricular para jovens quilombolas

Postado por [email protected] em 05/jul/2021 - Sem Comentários

Ação em parceria com a Prefeitura de Cabo Frio visa fortalecer a empregabilidade do negro no mercado de trabalho

 Preparar os jovens para o mercado de trabalho, promover igualdade de acesso às vagas de emprego e criar um cadastro profissional de pessoas negras. Estes foram alguns objetivos da “Oficina de Elaboração Curricular e Comportamento para Entrevista”, realizada pela Prolagos, uma empresa da Aegea Saneamento, em parceria com a Prefeitura de Cabo Frio, por meio da Coordenadoria Municipal de Igualdade Racial. Cerca de 15 adolescentes de comunidades quilombolas e da periferia da cidade participaram do evento, na sede do executivo municipal, que cumpriu todas as medidas de prevenção da Covid-19.

A ação é uma iniciativa do “Respeito dá o Tom”, programa de igualdade racial da concessionária, que promove equidade nas oportunidades de acesso à empresa e de crescimento profissional dos colaboradores que se autodeclaram pretos ou pardos. “Esta é uma forma que a Prolagos encontrou para ajudar a reduzir a desigualdade racial, e consequentemente, a falta de representatividade, resultado de anos de escravidão e discriminação, sofridos pela população negra em todo Brasil” – explica Tayane Pimentel, coordenadora do programa.

A palestra foi ministrada pela coordenadora de RH da concessionária, Fernanda Lima, que ensinou aos adolescentes a forma ideal para preencher um currículo, o que não deve ser inserido no documento e como se portar no ambiente corporativo. “O currículo bem estruturado é o que vai chamar a atenção do recrutador, mas além disso, buscamos treinar habilidades e abrir os horizontes desses jovens para que eles possam construir um futuro profissional” – ressalta Fernanda.

Esta foi a primeira edição do projeto, que também será levado para outros municípios da região. Em função da Covid-19, o número de participantes foi reduzido. “Os adolescentes estão muito vulneráveis, principalmente após a pandemia, sabemos que a comunidade negra e periférica sofre com as faltas sociais, e queremos contribuir para a diminuição, principalmente com aqueles com idades de Jovem Aprendiz, que são os mais expostos a todos os tipos de violência” – pontua Carolina Conceição, coordenadora de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais.

Quem participou da oficina, garante que vai aplicar o aprendizado. “Foi muito bom participar. Aprendemos muito sobre como montar o currículo, já que nossa maior dificuldade era a falta de experiências profissionais” – conclui Samira dos Santos.

Prolagos participa da Jornada de Integração Cabo Frio – África

Postado por [email protected] em 31/maio/2021 - Sem Comentários

Evento tem o objetivo de unir história, diversidade cultural, educação e busca pela igualdade racial da cidade com os países africanos

A Prolagos participou de uma mesa redonda na Fazenda Campos Novos, em Cabo Frio, sobre a ressignificação dos territórios quilombolas. Promovido, neste domingo, pela prefeitura municipal, a atividade fez parte da Jornada de Integração Cabo Frio – África, que tem como objetivo promover uma aproximação entre os países de Angola e Cabo Verde. O encontro contou com a participação da coordenadora do programa de igualdade racial da Prolagos, Tayane Pimentel, que apresentou os projetos desenvolvidos recentemente pela concessionária, por meio do Programa Respeito Dá o Tom, voltados para a população quilombola.

Integraram a mesa o prefeito da cidade, José Bonifácio; o coordenador geral municipal da Promoção da Igualdade Racial, Manoel Justino; o secretário municipal de Cultura, Clarêncio Rodrigues e líderes quilombolas. “É muito importante participarmos de eventos como este para promovermos uma troca de conhecimentos e ações, pois é preciso unir forças para que possamos combater o racismo estrutural. Como nação, temos inúmeros hábitos e práticas embutidos no nosso cotidiano. São muitas expressões que parecem corriqueiras, mas que carregam um teor racista. Como cidadã, eu tento me dedicar ao máximo para combater este tipo de prática e como empresa pretendemos que nosso ambiente de trabalho esteja livre de qualquer preconceito ou atitude que possam comprometer a postura de respeito e tolerância” – comentou Tayane Pimentel, coordenadora do programa Respeito dá o Tom.

A Jornada de Integração Cabo Frio – África segue até o dia 17 de julho e tem como objetivo unir história, diversidade cultural, educação e busca pela igualdade racial da cidade com os países africanos.

Respeito dá o Tom

O Respeito Dá o Tom, promovido pela Aegea e todas as suas unidades, promove a equidade nas oportunidades de acesso à empresa e de crescimento profissional dos funcionários que se autodeclaram pretos e pardos. O programa está baseado em 3 pilares em prol da igualdade racial: empregabilidade, desenvolvimento e relacionamento, promovendo ações vão desde rodas de conversa para informação e sensibilização sobre o tema entre os profissionais da empresa até adequações nos processos de recrutamento e seleção, com foco em ampliar a diversidade racial no quadro de trabalhadores, inclusive em funções de liderança.

Além de iniciativas voltadas ao público interno, a concessionária também promove ações afirmativas com foco na população local. Recentemente, jovens dos quilombos da Rasa e de Baía Formosa, em Búzios, participaram do programa “A Natureza da Educação para o Mangue”. O projeto capacitou os adolescentes para o mercado de trabalho por meio de oficina para atuarem como guias de turismo, elaborando um roteiro étnico e histórico, ressaltando as características da região e dos quilombos, tendo como principal atração o Mangue de Pedra, na Rasa.

No ano passado, em parceria com a Casa Scliar, o projeto Somos Divas na Luz do Candeeiro ofereceu oficina de cerâmica e educação financeira para mulheres do quilombo Baía Formosa. A iniciativa teve como objetivo estimular o empoderamento feminino, especialmente de mulheres negras, por meio da geração de renda, principalmente por conta da pandemia. Os encontros foram realizados cumprindo as regras de convivência para evitar a propagação do novo coronavírus, com distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel.

Prolagos na luta contra o racismo estrutural

Postado por [email protected] em 19/nov/2020 - Sem Comentários

No mês da consciência negra, concessionária, por meio do programa Respeito Dá o Tom, divulga vídeos explicando expressões racistas

 

O racismo estrutural é um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido no cotidiano e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial. No mês da consciência negra, a Prolagos, por meio do comitê Gabriel da Casa da Flor, do programa Respeito Dá Tom, compartilha vídeos nas redes sociais com palavras e expressões que parecem corriqueiras, mas que carregam um teor racista. Com o mote “Racismo é crime. Racismo não. Racismo nunca.”, os colaboradores convidam a população a refletir sobre esses termos, como “mulata” e “serviço de preto”, e sugere novas palavras para substituí-los.

“Para combater a desigualdade racial é necessário começar. Por isso, neste mês, resolvemos trazer uma atitude simples que pode ajudar nesta luta: excluir expressões preconceituosas do nosso dia a dia. Precisamos fazer novas escolhas para o nosso vocabulário e lutar diariamente para que práticas e palavras que reforçam o racismo estrutural sejam abandonadas”, comenta Tayane Pimentel, que está a frente do comitê de igualdade racial da concessionária.

Contribuir para reduzir a desigualdade e fazer com que a diversidade étnico-racial da Região dos Lagos esteja representada em seu quadro de profissionais é o propósito da Prolagos, que desde 2017 conta com o programa de igualdade racial Respeito Dá o Tom, desenvolvido pela Aegea, holding de saneamento da qual a empresa faz parte.

O programa está baseado em 3 pilares em prol da Igualdade Racial: Empregabilidade, Desenvolvimento e Relacionamento. As ações vão desde rodas de conversa para informação e sensibilização sobre o tema entre os profissionais da empresa até adequações nos processos de recrutamento e seleção, com foco em ampliar a diversidade racial no quadro de trabalhadores, inclusive em funções de liderança.

Além de iniciativas voltadas ao público interno, a concessionária também promove ações afirmativas com foco na população local. Atualmente, em parceria com a Casa Scliar, mulheres do Quilombo Baía Formosa, de Armação dos Búzios, participam de oficina de cerâmica. O projeto Somos Divas na Luz do Candeeiro visa promover o empoderamento da mulher negra por meio da geração de renda e valorizar a cultura dos povos tradicionais.

Somos Divas na Luz do Candeeiro, projeto em parceria com a Casa Scliar promove oficina de cerâmica

Desde o início do programa outras ações foram desenvolvidas, como exposição Respeito Dá o Tom, na Casa Scliar, com obras de Carlos Scliar e artistas locais; a confecção do busto de Teixeira e Sousa, por conta da semana que homenageia o cabo-friense que foi o primeiro romancista brasileiro; e discussão sobre racismo nas escolas municipais com rodas de conversa conduzidas pelo rapper, compositor, roteirista, ator, produtor áudio visual, youtuber e gari carioca Jota Jr.

Em 2018, o rapper Jota Jr. conversou com alunos da escola municipal Profª Marcia Francesconi, em Cabo Frio

O programa é conduzido por um comitê formado por colaboradores de diversas áreas. Batizado de Gabriel da Casa da Flor, o grupo homenageia o aldeense Gabriel Joaquim dos Santos, filho de ex-escravizado, que trabalhou nas salinas da região, nunca frequentou a escola, e com materiais recolhidos no lixo e refugos de construções construiu a Casa da Flor, em São Pedro da Aldeia, símbolo da arquitetura espontânea.

Redes sociais da Prolagos

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Projeto ensina arte da cerâmica a mulheres do Quilombo Baía Formosa

Postado por [email protected] em 24/set/2020 - Sem Comentários

Desenvolvida pelo Instituto Carlos Scliar e Prolagos, a iniciativa estimula a geração de renda por meio do empoderamento feminino

 

Fomentar a representatividade, a liberdade e a independência das mulheres moradoras das comunidades quilombolas; estimular o potencial criativo; capacitá-las à pesquisa, criação e venda das peças e apoiar na complementação da renda. Estes são alguns objetivos do projeto “Somos divas na luz do candeeiro”, desenvolvido pelo Instituto Carlos Scliar, em parceria com a Prolagos, que oferece oficina de cerâmica a mulheres do Quilombo Baía Formosa, em Armação dos Búzios.

Cumprindo as novas regras de convivência para evitar a propagação do novo coronavírus, com distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel, elas se reúnem no jardim da Casa Scliar, em Cabo Frio, onde aprendem modelar a argila, pintar, queimar e inserir ilustrações que tratam sobre a cultura afro-brasileira. “Com a pandemia, precisamos nos adaptar para continuar próximos das comunidades, afinal, esta é uma das funções de um espaço cultural. O principal objetivo deste projeto é auxiliar na geração de renda neste período que mudou a realidade de muitas famílias, em especial, as chefiadas por mulheres”, explica Cristina Ventura, coordenadora da Casa Scliar e idealizadora do “Somos divas na luz do candeeiro”.

Além de colocar literalmente a mão na massa de argila, as alunas fazem uma imersão no universo da cultura, participam de discussões sobre patrimônio histórico nacional, arte e têm acesso ao curso Exercitando a Mentalidade Financeira, oferecido pela Academia Aegea, plataforma de educação corporativa da Aegea, grupo do qual a Prolagos faz parte. “A Prolagos tem como propósito melhorar a qualidade de vida da população onde atua, e, através dos programas de Responsabilidade Social, desenvolve ações voltadas a impactar positivamente o índice de desenvolvimento humano (IDH) dos municípios, em três frentes: saúde, educação e geração de renda. O que nos surpreende é ver em tão pouco tempo como um pequeno estímulo traz às participantes a eclosão de habilidades e atitudes criativas, sustentáveis e empreendedoras”, comenta Francine Melo, coordenadora e Responsabilidade Social da Prolagos.

Logo no primeiro encontro, as alunas vislumbraram a possibilidade de gerarem mais valor para as atividades que desenvolvem no quilombo por meio do turismo étnico ecológico, que atrai visitantes de diversos lugares do mundo. A associação promove um circuito de atividades de resgate da história e da cultura tradicional com trilhas e passeios em pontos turísticos de Búzios, como Mangue de Pedra, Ponta do Pai Vitório, Praia da Gorda, apresentações de música, de danças folclóricas e exposição do artesanato produzido pela comunidade. Para finalizar, os visitantes saboreiam um almoço e participam de uma experiência sobre a cozinha quilombola, degustando pratos típicos da culinária local.

Elizabeth Fernandes

A possibilidade de produzir os próprios utensílios foi muito comemorada pelas participantes. “Este projeto reforça a nossa própria história, pois quando criança usávamos lamparina em casa. Além disso, a oficina de cerâmica veio ao encontro aos nossos anseios, pois já queríamos trabalhar com a argila para produzir pratos, travessas e panelas para usarmos na nossa cozinha e agregar mais valor ao trabalho. Em breve, poderemos produzir os pratos onde serviremos a comida que fazemos e os visitantes ainda poderão leva-los como lembrança”, idealiza Elizabeth Fernandes, presidente da Associação dos Remanescentes do Quilombo de Baía Formosa.

O projeto “Somos Divas na Luz do Candeeiro” faz parte das comemorações do centenário de nascimento do pintor Carlos Scliar, patrono da casa museu, que representou a luminária rudimentar em diversas peças. As divas, nesta edição, são Cássia da Conceição, Eliza Fernandes, Elizete Antunes, Esília Pereira, Elizabeth Fernandes e Valquíria da Conceição. “São heroínas anônimas cujo superpoder consiste numa força imensurável para enfrentar inúmeros desafios diários, mesmo tendo sido privadas de muitos dos direitos e garantias fundamentais”, acrescenta Francine Melo.

A ação afirmativa visa dar projeção à história e cultura quilombola e está alinhada ao programa de diversidade e igualdade racial Respeito Dá o Tom, desenvolvido pela Prolagos e todas as empresas do grupo Aegea. Ao final das oficinas, as participantes receberão equipamentos e ferramentas para darem continuidade à fabricação das peças em suas casas e poderão utilizar o forno da instituição para finalizar a produção.